por Leandro Sprenger
China deixa de importar soja dos EUA após sete anos: compras do Brasil crescem quase 30%: veja mais
No artigo de hoje, nós vamos entender mais a respeito da importação de soja por parte da China, que pela primeira vez em sete anos, deixou de comprar esse produto dos Estados Unidos.
Quer saber mais a respeito deste assunto envolvendo a importação e a soja? Então pegue o seu café e continue conosco neste texto de hoje!
Confira os seguintes tópicos:
- Ausência de compras Norte-Americanas chama atenção
- Tarifas e fim da safra explicam redução
- Brasil lidera remessas e Argentina também ganha espaço
- Safra atual dos EUA fica de fora
- Risco de falta de estoque no início de 2026
- Conversas entre China e EUA podem retomar fôlego
- Balanço do ano: Brasil e Argentina em alta
- Principais produtos importados da China pelo Brasil
- O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?
- O que é o Siscomex?
- Comércio Exterior o que é?
- O que é Logística Internacional?
Vamos lá? 😉 
Ausência de compras Norte-Americanas chama atenção
Pela primeira vez desde novembro de 2018, a China não realizou nenhuma aquisição de soja originária dos Estados Unidos durante o mês de setembro.
Enquanto isso, os carregamentos vindos da América do Sul registraram um avanço expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior. A mudança reflete uma tendência de evitar produtos americanos em meio às tensões comerciais persistentes entre as duas maiores potências econômicas do planeta.
Segundo dados revelados no dia 20 de outubro de 2025, pela Administração Geral de Alfândegas da China, os embarques provenientes dos Estados Unidos chegaram a zero no mês passado, uma queda significativa em relação às 1,7 milhão de toneladas recebidas em setembro do ano anterior.
Tarifas e fim da safra explicam redução
O recuo nas importações está ligado, principalmente, às tarifas adicionais aplicadas pela China sobre produtos estadunidenses, bem como ao esgotamento dos estoques remanescentes da última safra norte-americana — conhecidos no setor como “old-crop beans”.
“Essa queda está ligada sobretudo às tarifas. Em anos anteriores, ainda veríamos um pouco da safra antiga entrando no mercado nesse período”, afirmou Wan Chengzhi, especialista da Capital Jingdu Futures.
Brasil lidera remessas e Argentina também ganha espaço
Enquanto os Estados Unidos ficaram de fora das exportações para a China, o Brasil ganhou destaque. Os envios brasileiros cresceram 29,9% em relação ao ano passado, totalizando 10,96 milhões de toneladas — o equivalente a 85,2% de todas as compras chinesas de soja no mês.
A Argentina também ampliou sua participação: suas vendas para o mercado chinês dispararam 91,5%, somando 1,17 milhão de toneladas, ou aproximadamente 9% do total.
Ao todo, a China importou 12,87 milhões de toneladas de soja em setembro, alcançando o segundo maior volume mensal já registrado em sua história.
Safra atual dos EUA fica de fora
A China ainda não realizou compras da soja americana da nova temporada de outono. Com os contratos sendo fechados até novembro, majoritariamente com Brasil e Argentina, a janela de oportunidades para os produtores dos Estados Unidos está se estreitando. A procura por grãos sul-americanos tem sido favorecida, inclusive, por uma breve isenção de impostos oferecida recentemente pelo governo argentino.
Caso não haja progresso nas tratativas comerciais entre os governos, os produtores rurais norte-americanos podem amargar perdas bilionárias, enquanto as indústrias esmagadoras de soja da China continuam priorizando fornecedores da América do Sul.
Risco de falta de estoque no início de 2026
Embora a estratégia chinesa esteja beneficiando outros fornecedores, ela também pode gerar desafios internos. Há a possibilidade de que o país enfrente uma escassez temporária no abastecimento de soja entre fevereiro e abril do próximo ano, especialmente se não houver um acordo comercial firmado até lá. A nova colheita brasileira só deve começar a chegar ao mercado após esse intervalo.
“Existe o risco de uma lacuna no fornecimento de soja à China no início do próximo ano, caso as negociações comerciais não avancem. O Brasil já exportou volumes enormes, mas ninguém sabe quanto da safra anterior ainda está disponível nos estoques”, alertou Johnny Xiang, fundador da consultoria AgRadar Consulting, sediada em Pequim.
Conversas entre China e EUA podem retomar fôlego
Apesar do clima de incerteza, há sinais de retomada nas discussões comerciais entre Pequim e Washington. Após semanas de novas ameaças tarifárias e restrições às exportações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (19) estar confiante de que um novo acordo sobre a soja poderá ser alcançado em breve.
Balanço do ano: Brasil e Argentina em alta
Entre janeiro e setembro, a China adquiriu 63,7 milhões de toneladas de soja do Brasil, o que representa um crescimento de 2,4% em comparação ao mesmo intervalo de 2024. Já as compras da Argentina somaram 2,9 milhões de toneladas, um salto de 31,8%.
Apesar da resistência momentânea à nova safra dos EUA, as compras realizadas no início de 2025 garantiram que o volume total de soja americana importada pela China no ano chegasse a 16,8 milhões de toneladas, um avanço de 15,5% em relação ao ano anterior, conforme os dados oficiais.
Principais produtos importados da China pelo Brasil
Confira a lista dos principais produtos que o Brasil importa da China.
- Equipamentos de telecomunicações
- Válvulas e tubos termiônicas
- Compostos organo-inorgânicos
- Demais produtos - Indústria de Transformação
- Adubos ou fertilizantes
- Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários
- Máquinas e aparelhos elétricos
- Peças e acessórios para escritório
- Aparelhos elétricos para ligação
- Máquinas de energia elétrica
- Produtos laminados planos de ferro ou aço
- Inseticidas, formicidas, herbicidas e produtos semelhantes
- Equipamentos elétricos
- Partes e acessórios de veículos automotivos
- Geradores elétricos giratórios
É claro que o Brasil importa muitos outros produtos vindos da China, alguns mais conhecidos como roupas e eletrônicos.
O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?
O Novo Processo de Importação (NPI) é um projeto coordenado pelo Governo Federal que tem como propósito modernizar, digitalizar e integrar as etapas relacionadas à entrada de produtos no Brasil.
Entre os principais elementos que compõem o NPI estão:
Declaração Única de Importação (Duimp)
Catálogo de Produtos e Atributos
Integração entre os órgãos responsáveis pela anuência das operações
O grande objetivo é reduzir entraves burocráticos, aumentar a clareza dos processos, reforçar a segurança nas transações e tornar o comércio exterior mais ágil e competitivo.
O que é o Siscomex?
O SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.
O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.
Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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O Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior.
Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço, do exterior para o país de referência.
A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles, engloba uma série de procedimentos.
O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos.


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