por Leandro Sprenger

18 Dec, 2025

IBS e CBS: o que muda na prática com a nova Reforma Tributária do Consumo?

A Reforma Tributária do Consumo está oficialmente em contagem regressiva para começar a valer a partir de 2026, e com ela surgem dois protagonistas que vão transformar a forma como empresas emitem documentos fiscais, apuram tributos e fazem suas operações do dia a dia: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).

Embora o debate esteja cada vez mais presente no noticiário econômico, muita gente ainda tem dúvidas sobre como esses novos tributos funcionam, por que foram criados e como impactarão o mercado. É sobre isso que vamos conversar hoje, de forma clara, direta e sem complicações.

Quer saber mais a respeito deste assunto envolvendo o IBS e CBS? Então pegue o seu café e continue conosco neste texto de hoje!

Confira os seguintes tópicos:

  • Afinal, o que são IBS e CBS?
  • Por que criar um sistema com apenas dois tributos?
  • Um sistema baseado em crédito financeiro
  • O que muda no dia a dia das empresas?
  • IBS e CBS nas notas fiscais: o novo papel do contribuinte
  • Transparência e padronização
  • Nova relação entre empresas e tecnologia
  • O impacto na competitividade do país
  • IBS e CBS vieram para mudar o jogo
  • O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?
  • O que é o Siscomex?
  • Comércio Exterior o que é?
  • O que é Logística Internacional?

Bora lá? 😉

IBS CBS

Afinal, o que são IBS e CBS?

O IBS e a CBS são os dois tributos que substituirão uma série de impostos atuais que, hoje, tornam o sistema brasileiro mais complexo, custoso e difícil de administrar.

A CBS, de competência federal, entrará no lugar do PIS e da Cofins, tributos com inúmeras regras, regimes e exceções que sempre renderam dúvidas, até mesmo para profissionais experientes.

Já o IBS, gerido conjuntamente por estados e municípios, substituirá ICMS e ISS, tributos que, apesar de muito presentes no dia a dia das empresas, possuem legislações fragmentadas, interpretações diferentes entre estados e milhares de normas acessórias.

Por que criar um sistema com apenas dois tributos?

Um dos maiores problemas do modelo atual é a cumulatividade escondida: aquele efeito cascata em que um tributo incide sobre outro, que incide sobre outro, e assim por diante. Além disso, cada estado e município tem regras próprias, criando um verdadeiro mosaico tributário.

Ao unificar tributos e padronizar regras, o IBS e a CBS prometem trazer mais transparência, simplificação, neutralidade econômica e segurança jurídica.

Isso significa que empresas poderão gastar menos tempo com burocracia e mais com estratégia — algo que há décadas se espera no Brasil.

Um sistema baseado em crédito financeiro

Tanto o IBS quanto a CBS funcionarão no modelo de crédito financeiro, semelhante ao que já é usado em países da OCDE. Isso quer dizer que todo imposto destacado na compra de um bem ou serviço poderá ser creditado, independentemente do uso daquele item na atividade da empresa.

Essa mudança deve reduzir discussões intermináveis sobre “insumo”, “atividade-fim”, “atividade-meio”, e outras batalhas jurídicas que já se tornaram rotina no ambiente tributário nacional.

O que muda no dia a dia das empresas?

A grande virada começa em 2026, quando as empresas já deverão emitir documentos fiscais com destaque de IBS e CBS, mesmo que o recolhimento, ao longo do ano, seja dispensado para quem cumprir todas as obrigações acessórias corretamente.

Isso transforma 2026 em um ano de testes, importante para ajustes de sistemas, treinamentos e validação de processos.
Na prática, empresas devem preparar seus ERPs, revisar cadastros, reorganizar classificações tributárias e acompanhar as notas técnicas publicadas ao longo do período.

IBS e CBS nas notas fiscais: o novo papel do contribuinte

Outro ponto essencial é que o contribuinte precisará informar corretamente os códigos de classificação tributária (como o cClassTrib) e cumprir fielmente os leiautes definidos nos documentos fiscais eletrônicos.
Essa exigência afeta NF-e, NFC-e, CT-e, NFS-e, NF3e, BP-e e praticamente todos os modelos que compõem o ecossistema fiscal brasileiro

Embora a obrigatoriedade plena tenha sido flexibilizada recentemente, o governo deixou claro que as empresas devem se antecipar, até porque o período de adaptação será curto.

Transparência e padronização

Uma das maiores promessas do IBS e da CBS é a transparência. Nos novos documentos fiscais, o destaque desses tributos virá de forma clara e individualizada.

Essa transparência ajuda todos os envolvidos: empresas, consumidores, auditores e governos. Também favorece a construção de um modelo mais eficiente, onde o imposto segue o consumo, e não o local onde a empresa está instalada — o chamado princípio do destino.

Nova relação entre empresas e tecnologia

Não tem como falar de IBS e CBS sem mencionar tecnologia.
A transição exigirá adaptação intensa dos sistemas de gestão, além de maior integração entre fornecedores, contadores, transportadores e órgãos públicos.

Isso reforça a importância de investir em automação, parametrização correta e atualização constante dos sistemas. Quem deixar isso para a última hora certamente enfrentará dificuldades.

O impacto na competitividade do país

Se tudo sair conforme planejado, o novo modelo deve aproximar o Brasil das melhores práticas internacionais e tornar o ambiente de negócios mais previsível.

A simplificação tributária pode reduzir custos operacionais, estimular investimentos e fortalecer o comércio exterior, um setor que sofre há anos com burocracias que elevam prazos e custos logísticos.

IBS e CBS vieram para mudar o jogo

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O IBS e a CBS representam uma das maiores mudanças fiscais da história do país. Mesmo com ajustes, adiamentos e dúvidas naturais de um processo dessa magnitude, a direção está traçada: simplificação, padronização e mais clareza tributária.

Para as empresas, o melhor caminho é se preparar desde já: revisar processos, treinar equipes e acompanhar de perto todas as orientações do governo.
A reforma está em andamento e quem se adiantar certamente terá uma transição mais suave e estratégica.

O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?

Novo Processo de Importação (NPI) é um projeto coordenado pelo Governo Federal que tem como propósito modernizar, digitalizar e integrar as etapas relacionadas à entrada de produtos no Brasil.

Entre os principais elementos que compõem o NPI estão:

  • Declaração Única de Importação (Duimp)

  • Catálogo de Produtos e Atributos

  • Integração entre os órgãos responsáveis pela anuência das operações

O grande objetivo é reduzir entraves burocráticosaumentar a clareza dos processosreforçar a segurança nas transações e tornar o comércio exterior mais ágil e competitivo.

O que é o Siscomex?

SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.

O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.

Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.

Comércio Exterior o que é?

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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O Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior.

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles, engloba uma série de procedimentos.

Logística internacional é o conjunto de atividades de planejamento, execução e controle do fluxo de mercadorias e informações entre diferentes países. Ela abrange desde a movimentação de matérias-primas até a entrega final do produto, incluindo transporte

O IBS e a CBS são os dois tributos que substituirão uma série de impostos atuais que, hoje, tornam o sistema brasileiro mais complexo, custoso e difícil de administrar.

O Novo Processo de Importação (NPI) é um projeto coordenado pelo Governo Federal que tem como propósito modernizar, digitalizar e integrar as etapas relacionadas à entrada de produtos no Brasil.

Webinário - Como elaborar e automatizar a DU-E na prática