por Sinara Bueno
Empresa Maersk interrompe navegação pela rota comercial do Mar Vermelho “até novo aviso”
A Maersk interrompeu as operações de navegação na principal rota comercial do Mar Vermelho e no Canal de Suez, considerada uma das rotas marítimas mais cruciais globalmente.
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Veja os seguintes tópicos:
- Suspensão da navegação da Maersk: entenda
- O ataque à embarcação
- Valorizações no mercado
Vamos lá saber mais? 😉
Suspensão da navegação da Maersk: entenda
Essa suspensão ocorreu em resposta a um ataque ao navio Maersk Hangzhou por militantes Houthi. Inicialmente, a empresa implementou uma pausa de 48 horas, estendendo posteriormente a suspensão enquanto avalia a segurança na região.
A preocupação com os ataques Houthi no Mar Vermelho levou outras grandes empresas de transporte, como Hapag-Lloyd, Evergreen Line e MSC, a evitar essa hidrovia vital.
A perturbação nas cadeias de abastecimento já está impactando os custos de transporte e prazos de entrega globalmente. Em resposta aos eventos, a Maersk redirecionou parte de sua frota para contornar o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.
O Canal de Suez, responsável por até 30% do comércio global marítimo, é crucial para as operações comerciais internacionais. O ataque ao Maersk Hangzhou envolveu quatro embarcações Houthi abrindo fogo na tentativa de abordagem, sendo respondido por helicópteros militares dos EUA.
Empresas como Maersk e Hapag-Lloyd experimentaram aumentos nas ações, possivelmente impulsionadas pela expectativa de taxas de envio mais elevadas em 2024, enquanto os custos de transporte já demonstram um aumento significativo.
Fonte: Reuters
O ataque à embarcação
"Após o ataque inicial, quatro embarcações aproximaram-se do Maersk Hangzhou e abriram fogo na tentativa de abordar o navio", relatou a empresa. As forças militares dos Estados Unidos responderam aos pedidos de socorro da embarcação, resultando no afundamento de três barcos controlados pelos Houthis, resultando na perda de vidas a bordo. Uma quarta embarcação conseguiu escapar da área.
Na semana passada, a empresa francesa CMA CGM anunciou sua intenção de aumentar gradualmente o número de navios transitando pelo Canal de Suez.
Por outro lado, a Hapag Lloyd, da Alemanha, afirmou que seus navios continuarão navegando ao redor do Cabo da Boa Esperança, levando em consideração os incidentes recentes. "Estamos acompanhando de perto a situação, dia após dia, e continuaremos a redirecionar nossos navios até 9 de janeiro."
Valorizações no mercado
No início do novo ano, observou-se uma elevação nas ações da Maersk e da Hapag-Lloyd no primeiro dia de negociação, possivelmente impulsionadas pela perspectiva de que essas empresas conseguirão estabelecer tarifas de envio mais elevadas em 2024.
Às 13h30 (Horário de Brasília) da segunda-feira, a Hapag-Lloyd registrou um aumento de 3,6%, enquanto a Maersk apresentou um ganho de 6,4%. Ambas as companhias divulgaram recentemente novas tarifas para o transporte de mercadorias ao longo das rotas comerciais mais movimentadas globalmente.
Conforme dados fornecidos pela Freightos, o custo para transportar um contêiner padrão de 40 pés de Xangai para Nova York aumentou para uma média de quase US$ 5.000 (R$ 24.593,50) nesta semana, em comparação com os US$ 3.500 (R$ 17.215,45) registrados em meados de dezembro. O envio de um carregamento do mesmo tamanho de Xangai para Roterdã, o porto mais movimentado da Europa nos Países Baixos, agora custará cerca de US$ 2.400 (R$ 11.804,88), superando os US$ 1.800 (R$ 8.853,66) praticados em meados de dezembro.
Os "preços totais" de US$ 5.000 a US$ 8.000 (R$ 39.349,60) por contêiner nas principais rotas comerciais com origem na Ásia representam um aumento de 2,5 a 4 vezes em relação aos "níveis normais" para esta época do ano, conforme mencionado por Levine, representante da Freightos. Apesar de ser um aumento significativo, ainda permanece de 45% a 75% abaixo do "pico pandêmico" observado no final de 2021.
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