por Sinara Bueno
Programa de incentivo às mulheres nos negócios internacionais | Saiba mais
Organizações engajadas no comércio exterior se destacam pela competitividade, lucratividade ampliada e geração de empregos substancialmente maior. No entanto, a participação feminina nos mercados globais ainda é insuficiente.
Diante dessa realidade, a ApexBrasil desenvolveu o Programa Mulheres e Negócios Internacionais, uma iniciativa que, em menos de um ano, beneficiou aproximadamente 3 mil empresas lideradas por mulheres.
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Participação das mulheres no Comércio Exterior
A inclusão equitativa das mulheres na economia não apenas é moralmente correta, mas também representa uma abordagem mais eficaz e vantajosa para os negócios. Conforme destacado em um relatório do Instituto Global McKinsey, a eliminação das disparidades salariais entre gêneros poderia resultar em um aumento potencial de até 28 trilhões de dólares no PIB global.
No entanto, esse potencial ainda não foi plenamente explorado devido à persistência de uma divisão de trabalho baseada em gênero, que perpetua a hegemonia masculina nos ambientes profissionais, refletida em cargos e remunerações mais elevados, enquanto as mulheres são frequentemente direcionadas para atividades domésticas.
Segundo o Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero de 2023, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, a taxa de paridade de gênero na força de trabalho global ainda se situa em 68,6%. Considerando o ritmo atual de progresso, estima-se que serão necessários 131 anos para alcançar a paridade total.
O comércio internacional pode desempenhar um papel fundamental na aceleração desse processo de equalização. Empresas envolvidas em transações globais tendem a ser mais produtivas, pois a exportação impulsiona a expansão do mercado, aumenta as vendas e proporciona acesso a tecnologias inovadoras.
Não é surpresa, então, que empresas que atuam em mercados estrangeiros gerem mais empregos e de melhor qualidade. Portanto, a integração das mulheres nos negócios internacionais pode resultar em benefícios significativos para a economia.
No entanto, estatisticamente, as mulheres empresárias ainda estão distantes das oportunidades globais. De acordo com uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre "Perspectivas para Pequenas e Médias Empresas e Empreendedorismo de 2023" entre as empresas de países membros da OCDE com presença no Facebook, apenas 11% das pequenas e médias empresas lideradas por mulheres exportam, em comparação com 19% das empresas com perfil semelhante lideradas por homens em 2022.
Além de se concentrarem em setores menos propícios à exportação, como os serviços, os empreendimentos liderados por mulheres tendem a ser de menor porte, o que muitas vezes limita sua capacidade de arcar com os custos fixos necessários para a internacionalização e as torna mais avessas ao risco. No Brasil, essa assimetria é ainda mais pronunciada. Conforme relatório preparado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apenas 14% das empresas exportadoras brasileiras são majoritariamente controladas por mulheres. O potencial de expansão da participação feminina nesse contexto é considerável, promovendo renda, emprego e um ciclo virtuoso de equidade e igualdade. De acordo com dados do Banco Mundial e da OMC (2020), quando os países em desenvolvimento dobram suas exportações de produtos manufaturados, a participação das mulheres no total de salários no setor manufatureiro aumenta em média 5,8 pontos percentuais.
O Programa Mulheres e Negócios Internacionais
Em 2023, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou os primeiros esforços para estabelecer um diálogo com empresárias e instituições de apoio ao empreendedorismo feminino, com o objetivo de operar nessas engrenagens. Em junho, a Agência deu início ao Programa Mulheres e Negócios Internacionais.
Esta iniciativa visa aumentar o número de empresas brasileiras lideradas por mulheres tanto na base exportadora nacional quanto nas cadeias globais de valor. O modelo de negócios do programa baseia-se na aplicação da perspectiva de gênero em seus pilares de atuação, tais como inteligência comercial, qualificação, promoção comercial, expansão internacional, atração de investimentos e promoção da imagem do país.
O programa foi concebido pela Diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. "A inclusão das mulheres nos fluxos de comércio exterior e investimentos estrangeiros diretos gera impactos imediatos, como a geração de mais riqueza e renda. Além disso, produz, no futuro, o que chamamos de impactos intergeracionais", resumiu.
O programa inclui ações específicas voltadas exclusivamente para empresas lideradas por mulheres, bem como ações inclusivas por meio da adoção de mecanismos afirmativos para promover lideranças femininas em todos os regulamentos e editais de seleção de empresas. Esses mecanismos incluem pontuação adicional em editais, vagas reservadas, descontos e critérios de desempate para empresas lideradas por mulheres.
O programa tem como público-alvo empresas, startups, organizações socioprodutivas e organizações da sociedade civil lideradas por mulheres, com ênfase nas micro e pequenas empresas, independentemente do estágio de maturidade exportadora, setor de atuação ou localização geográfica.
Nos seis primeiros meses da iniciativa, os resultados já são evidentes. O número de atendimentos da ApexBrasil a empresas lideradas por mulheres aumentou 32%, passando de 2.161 em 2022 para 2.883 em 2023. No total, quase 700 novas empresas com liderança feminina receberam apoio da Agência no último ano, participando diretamente de mais de 30 ações realizadas no âmbito do programa.
"A aspiração de trazer mais mulheres para os negócios internacionais está se concretizando em ações efetivas, impactando centenas de empresárias e reverberando no trabalho de diversas entidades e parceiros governamentais. Em 2024, esperamos ampliar ainda mais esse impacto", afirmou Ana Paula Repezza.
Fonte: ApexBrasil
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles, engloba uma série de procedimentos.
A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.