Após aproximadamente 20 dias de espera, as companhias brasileiras do setor de autopeças começaram a receber uma autorização especial do governo chinês para voltar a importar semicondutores.

Com essa liberação, o fornecimento dos componentes essenciais para a fabricação de veículos no Brasil começou a se restabelecer no dia 07 de novembro, reduzindo significativamente o risco de interrupções nas montadoras nacionais. Segundo apuração da CBN, o risco de paralisação ainda existe, mas é considerado mínimo neste momento.

Quer saber mais a respeito deste assunto envolvendo as exportações de semicondutores? Então continue conosco neste texto de hoje!

Confira os seguintes tópicos:

• Exceções e priorização definidas por Pequim
• Setor automotivo projeta normalização no abastecimento
• Tensão internacional e impactos no mercado brasileiro   
• Diplomacia garantiu saída negociada
• Novo Processo de Exportação: O que é?
• O que é o Siscomex?
• Comércio Exterior o que é?
• O que é Logística Internacional?

Bora lá? 😉    


Exceções e priorização definidas por Pequim

O governo de Xi Jinping estabeleceu duas modalidades de exceção para as empresas brasileiras.

• As fabricantes de autopeças que possuem instalações tanto na China quanto no Brasil receberam tratamento prioritário, podendo ultrapassar o embargo às importações.

• Já as companhias que não possuem unidades no território chinês passaram a obter licenças especiais concedidas diretamente pelo Ministério do Comércio da China.

Esse canal direto de diálogo com o governo chinês havia sido antecipado pela CBN em 1º de novembro, e agora começa a mostrar resultados práticos.

Setor automotivo projeta normalização no abastecimento

Com as novas medidas, as principais empresas importadoras de semicondutores no Brasil já preveem uma recuperação gradual do fornecimento.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) informou à CBN que o envio de semicondutores ao país está sendo regularizado e que a pasta acompanha de perto a situação junto às companhias afetadas.

Em comunicado, Igor Calvet, presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), afirmou à CBN que o cenário apresenta melhora, embora ainda não esteja completamente estabilizado. Segundo ele, a indústria automotiva não deverá ser impactada caso não haja novas interrupções nas importações.

Tensão internacional e impactos no mercado brasileiro

No fim de outubro, a Anfavea havia alertado que o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China poderia resultar em suspensões na produção de veículos no Brasil. O alerta veio após a decisão da China de bloquear temporariamente todas as exportações de semicondutores, em resposta ao fato de o governo holandês ter assumido o controle de uma subsidiária da empresa chinesa Nexperia — responsável por aproximadamente 40% da produção mundial desses componentes.

Hoje, cada automóvel novo pode conter entre mil e três mil semicondutores, o que torna o setor altamente dependente desse insumo.

Diplomacia garantiu saída negociada

Após o alerta das montadoras e fabricantes, o MDIC realizou reuniões com o embaixador chinês no Brasil e também com o embaixador brasileiro em Pequim.

Esses encontros foram fundamentais para abrir canais diplomáticos diretos com o governo de Xi Jinping, o que possibilitou a exclusão do Brasil do embargo chinês e, consequentemente, o restabelecimento das exportações.

Novo Processo de Exportação: O que é?

Atualmente, existem diferentes frentes de trabalho dentro do Programa Portal Único, envolvendo todo o governo brasileiro e contando com apoio e participação do setor privado. 

Dentre essas iniciativas, merece destaque o desenvolvimento do Novo Processo de Exportação, concluído em 2016. Esse trabalho engloba o mapeamento dos processos atuais de exportação e a identificação de necessidades dos intervenientes públicos e privados para a criação de um fluxo contínuo de informações por meio do Portal Único.

Ou seja, podemos concluir que o Novo Processo de Exportação (NPE) promove um fluxo de informações mais eficiente e integração entre os intervenientes do comércio exterior públicos e privados. 

Sua implementação se deu junto ao Portal Único do Comércio Exterior, Siscomex, pela Receita Federal Brasileira em conjunto ao SECEX e desde então vem otimizando os processos de comércio exterior, seja diminuindo o tempo necessário entre as etapas, como também reduzindo custos inerentes às operações, o que aumenta a competitividade brasileira frente ao mercado externo.

O que é o Siscomex?

O SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.

O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.

Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.

Comércio Exterior o que é?

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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