O Brasil tem adotado novas estratégias para diminuir a dependência do diesel russo, impulsionado pelas advertências do governo dos Estados Unidos. Este movimento tem gerado resultados, mas com desafios pela frente.

O país agora importa mais combustível dos Estados Unidos do que da Rússia, o que altera o perfil de seus fornecedores e torna o Brasil mais vulnerável a decisões externas. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério do Desenvolvimento mostram que, após os alertas norte-americanos, o Brasil começou a modificar de maneira considerável a sua matriz de fornecedores de diesel.

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Confira os seguintes tópicos:

• Mudança no perfil de fornecedores
• Dinâmica de fornecimento e impactos no mercado
• Os desafios e a necessidade de cautela
• O futuro: oferta global e fatores geopolíticos
• O que é o Novo Processo de Importação (NPI)
• O que é o Siscomex?
• Comércio Exterior o que é?
• O que é Logística Internacional?

Bora lá? 😉

Mudança no perfil de fornecedores

Entre os meses de janeiro e junho, a Rússia foi responsável por aproximadamente 53% das importações de diesel, enquanto os Estados Unidos representaram 19,5%.

No entanto, a situação mudou em julho: quase metade do diesel adquirido pelo Brasil (45%) teve origem nos Estados Unidos, enquanto apenas 35% veio da Rússia, de acordo com os registros da ANP e análises da consultoria Datamar.

Este movimento reflete uma tentativa de diversificação, mas o Brasil ainda realiza compras da Rússia, o que o coloca na mira da OTAN. O bloco prometeu aplicar uma tarifa comercial de 100% sobre os países que continuarem negociando com Moscovo, acusando-os de financiar a guerra contra a Ucrânia. Esse cenário evidencia a dependência externa do Brasil e o torna mais suscetível a influências geopolíticas além do seu controle.

Dinâmica de fornecimento e impactos no mercado

A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) destaca que as importações dos Estados Unidos ganharam força durante o inverno no Hemisfério Norte.

Entre agosto e setembro, as importações americanas devem ultrapassar as russas, dependendo de variáveis como preço, disponibilidade e custos de frete. Essa tendência está alinhada com a análise do Preço de Paridade de Importação (PPI) publicado pela Abicom em agosto.

Especialistas sugerem que a mudança de fornecedores deve ser observada com cautela. Ao buscar maior volume de contratos com fornecedores dos EUA, o Brasil diminui a dependência do diesel russo, mas, por outro lado, se expõe mais às decisões políticas e comerciais dos Estados Unidos, que podem rapidamente impactar os custos de importação e a previsibilidade dos preços.

Essa vulnerabilidade não é meramente uma preocupação futura. Em agosto de 2025, os Estados Unidos aumentaram tarifas sobre a Índia como retaliação à continuidade das compras de petróleo russo, demonstrando como mudanças diplomáticas podem ter efeitos imediatos no mercado global.

Os desafios e a necessidade de cautela

Para o Brasil, a prudência é fundamental. Especialistas e agentes do mercado discutem os riscos de medidas semelhantes, como sanções ou tarifas adicionais, afetarem os países que aumentaram suas compras de diesel e fertilizantes russos desde 2022.

Caso haja qualquer tipo de restrição ou aumento de tarifas sobre o comércio de diesel, o impacto será direto sobre o consumidor brasileiro, afetando a logística, o transporte de mercadorias e o preço de itens essenciais.

Embora a Petrobrás tenha mantido o preço interno do diesel estável nos últimos quatro meses, o mercado continua exposto a oscilações externas. A cotação internacional do combustível e as variações cambiais seguem exercendo influência sobre os custos de importação, o que mantém a situação volátil.

O futuro: oferta global e fatores geopolíticos

Nos próximos meses, a oferta global de diesel e os desdobramentos geopolíticos serão determinantes para o cenário. Se a normalização das refinarias russas ocorrer no final de 2025, e não houver novas barreiras comerciais por parte dos Estados Unidos, é possível que haja um alívio. Porém, qualquer alteração regulatória ou tarifária pode inverter essa tendência rapidamente.

O diesel, que é fundamental para setores como o agronegócio e o transporte rodoviário no Brasil, tem um impacto direto na economia e no bolso da população. Portanto, o mercado continuará sendo sensível a qualquer mudança significativa na oferta ou nos preços.

O que é o Novo Processo de Importação (NPI)

O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos eletrônicos tais como: a DUIMP, o Catálogo de Produtos, LPCO e outros.

👉 Mas não ficando só nisso, e passando também por mapeamento, reestruturação de normas, processos e legislações. 

O que é o Siscomex?

O SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.

O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.

Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.

Comércio Exterior o que é?

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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