por Leandro Sprenger
Importação de cebola tem aumento de quase cinco vezes no primeiro trimestre
O setor de cebolas no território brasileiro continua crescendo no começo de 2025, impulsionado por elevados níveis de importação e uma tendência ascendente nos valores de mercado. Em março, o montante trazido do exterior foi quase cinco vezes superior ao registrado em abril, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em fevereiro, foram adquiridas do mercado internacional 3.471 toneladas da hortaliça, número que saltou para 19.728 no mês seguinte.
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Confira os seguintes tópicos:
- Importações de cebolas: cenário atual
- Valor de mercado
- Cultura da cebola
- Problemas fitossanitários
- Escolha da variedade
- Plantio, irrigação e nutrição
- Colheita
- Comércio Exterior o que é?
- O que é Logística Internacional?
Vamos lá? 😉
Importações de cebolas: cenário atual
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Argentina liderou como fornecedora de cebola ao Brasil em março deste ano, com cerca de 58% do total, seguida do Chile, responsável por 42%. Levantamentos do Hortifrúti/Cepea indicam que ambos os países possuem grandes estoques, o que pode manter o fluxo de exportações ao Brasil.
“Com um ambiente de mercado imprevisível e grandes quantidades sendo adquiridas do exterior, o país lida com um panorama complexo, reflexo direto das condições internacionais de oferta e procura.
Esse contexto demanda ajustes contínuos na estratégia agrícola nacional, focando em práticas sustentáveis e na preservação das lavouras”, observa José Rodolfo Forte, engenheiro agrônomo e especialista em Desenvolvimento de Mercado da empresa Ascenza Brasil.
Em 2024, o país já havia trazido de fora 257,4 mil toneladas da hortaliça, o que representa um acréscimo de 92% em relação a 2023. Ainda que se projete um crescimento de 44% na produção interna da safra 2024/2025, estimada em 127,6 mil toneladas, conforme dados da Conab, a demanda por importações deve continuar elevada.
Para este ano, prevê-se retração na área plantada com cebola, sobretudo nas regiões do Cerrado e Nordeste, devido à estimativa de uma boa colheita na região Sul, conforme o Cepea.
Embora haja alta oferta em Santa Catarina, principalmente nas cidades de Ituporanga e Lebon Régis, a qualidade foi prejudicada pelas altas temperaturas de fevereiro e março, e a expectativa de que o produto durasse até meados de maio ou início de junho pode não se confirmar, segundo o Cepea.
Nessas localidades, compradores estão optando pelas cebolas vindas de fora, notadamente da Argentina e do Chile, devido à melhor qualidade. A constante oscilação na produção nacional e os fatores externos têm influência direta no comportamento do mercado interno.
Valor de mercado
Em março, a Conab identificou elevação nos preços da cebola em onze Centrais de Abastecimento (Ceasas) monitoradas, localizadas em diferentes pontos do país.
A média apontou uma valorização de 11,4% em relação ao mês de fevereiro. Apesar disso, a estatal ressalta que os preços seguem mais baixos do que os registrados nos dois anos anteriores. Na Ceagesp de São Paulo, por exemplo, o valor médio da cebola em março foi 56% menor que o praticado em março de 2024 e 17% inferior ao de março de 2023.
Cultura da cebola
A cebola figura entre os vegetais mais relevantes do planeta e é cultivada há cerca de 5 mil anos. No Brasil, seu cultivo possui significativa relevância econômica e social. Calcula-se que cerca de 70% da produção brasileira venha de pequenos produtores, com destaque para as regiões Sul e Nordeste.
Diversas cultivares adaptadas às condições climáticas do Brasil são utilizadas. A seleção das sementes leva em conta fatores como localização geográfica, condições climáticas, época de plantio, destino da produção (consumo in natura, industrialização ou armazenamento) e resistência a doenças.
As variedades se dividem, basicamente, em dois grupos: híbridas comerciais (com melhoramento genético) e tradicionais (ou crioulas). Dentre as de ciclo curto, destacam-se as cultivares Optima, Bella Dura, IPA 11, Brisa, Vale Ouro IPA-11, Granex 33 e Texas Grano 502 PRR.
Conforme o Centro Paulista de Estudos Agropecuários (CPEA), a cebola é uma lavoura de alto retorno financeiro e possui um ciclo vegetativo de curta duração, variando entre 90 e 150 dias, dependendo do tipo de cultivar e das condições do clima. Isso permite o revezamento com outras culturas, otimizando o uso da terra ao longo do ano. Contudo, a atividade exige cuidados e enfrenta obstáculos importantes.
Problemas fitossanitários
As enfermidades representam riscos frequentes à cultura da cebola. Entre os principais agentes causadores de doenças estão o míldio, a mancha púrpura, a queima das pontas, a podridão branca e a fusariose. As pragas mais habituais incluem trips, mosca-da-cebola, lagarta-rosca e ácaros.
Práticas agronômicas adequadas envolvem rotação com gramíneas como milho ou braquiária, utilização de variedades resistentes ou tolerantes, controle da irrigação para evitar encharcamento, monitoramento constante da lavoura e aplicação do manejo integrado. Esse manejo contempla métodos biológicos, orgânicos e químicos para a defesa eficiente da plantação.
Escolha da variedade
A decisão sobre qual variedade cultivar depende de fatores como clima, fotoperíodo (duração da luz do dia), resistência a pragas e doenças, tipo de solo e objetivo da lavoura. As cebolas se dividem em três grandes categorias: dias curtos, dias intermediários e dias longos.
Cultivares adaptadas a dias curtos se desenvolvem melhor em regiões quentes, como o Nordeste, enquanto as de dias longos são mais apropriadas para áreas do Sul, onde as estações são bem definidas. A resistência a pragas como trips e doenças como fusariose e míldio é fundamental — e, nesse ponto, os híbridos costumam apresentar maior resistência.
Outro critério relevante é o destino do produto: consumo direto ou processamento. Variedades como Optima e Bella Dura se destacam na venda direta por seus bulbos grandes e de boa conservação. Já a BRS Rubra é recomendada para processamento, devido à resistência ao transporte e ao sabor marcante. O solo ideal é aquele bem drenado, com pH entre 5,5 e 6,5.
Plantio, irrigação e nutrição
O distanciamento entre mudas deve ser de 10 a 15 centímetros, com linhas espaçadas de 30 a 40 centímetros, permitindo desenvolvimento adequado dos bulbos. A irrigação precisa ser regulada para evitar excesso de umidade, condição propícia para doenças como míldio. A adubação deve ser equilibrada, com fornecimento contínuo de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, sempre monitorando a saúde da lavoura ao longo do ciclo.
Colheita
A retirada da cebola do campo é uma fase delicada e precisa ocorrer no ponto certo para assegurar a qualidade do... (continuação conforme o texto original).
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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