por Leandro Sprenger
China e Estados Unidos anunciam entendimento para diminuir tarifas sobre importações
No dia 12/05/2025, Estados Unidos e China revelaram um entendimento bilateral com o objetivo de reduzir as taxas aplicadas ao comércio entre ambos os países. O acordo terá vigência de 90 dias, enquanto as duas potências revisam as sobretaxas que desencadearam uma disputa comercial.
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Confira os seguintes tópicos:
- Novos caminhos para as tarifas dos EUA e China
- Repercussões no Brasil
- Primeiras tratativas
- Comércio Exterior o que é?
- O que é Logística Internacional?
Vamos lá? 😉
Novos caminhos para as tarifas dos EUA e China
O embate teve início em abril, quando o chefe do Executivo norte-americano decretou tarifas superiores a 100% sobre todos os produtos vindos da China. Em resposta, o governo chinês impôs sobretaxas principalmente sobre mercadorias agrícolas exportadas pelos EUA.
Atualmente, o governo dos EUA impõe tarifas que chegam a 145% sobre quase todas as mercadorias importadas da China. Já o governo chinês, como forma de retaliação à medida adotada por Trump, fixou alíquotas de até 125% sobre produtos norte-americanos.
Com a nova medida em vigor, essas taxas passam a ser reduzidas para 30% por parte dos Estados Unidos e 10% por parte da China.
“Ambas as nações demonstram interesse em estabelecer um comércio mais justo e balanceado”, afirmou Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, ao apresentar o acordo em pronunciamento feito em Genebra, na Suíça.
Segundo nota divulgada pelo Ministério do Comércio chinês, “a iniciativa atende às expectativas de produtores e consumidores, e está alinhada aos objetivos comuns dos dois países, assim como ao interesse coletivo global”.
De acordo com a jornalista Heather Stewart, responsável pela editoria de Economia do jornal britânico The Guardian, o tratado representa uma espécie de recuo do governo Trump em relação a um dos confrontos comerciais e diplomáticos mais relevantes de sua administração. “Aparentemente, a Casa Branca optou por uma estratégia de retirada pontual”, escreveu ela em artigo sobre o tema.
Segundo especialistas, esse gesto dos EUA pode ser interpretado como um reconhecimento dos limites da política de confronto comercial.
O acerto pode indicar que a postura de guerra tarifária tem um alcance restrito. A pressão exercida sobre a economia chinesa pode ter gerado consequências significativas para setores produtivos americanos, sobretudo na agropecuária e na indústria.
Apesar de o acordo reduzir a instabilidade no cenário global, ele também pode impactar negativamente o Brasil, que vinha se beneficiando das brechas comerciais criadas pelo atrito entre as duas potências. Com a distensão da disputa, os EUA podem reduzir compras de terceiros países, como o Brasil.
Repercussões no Brasil
Um levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada (Nemea), ligado ao Cedeplar-UFMG, já havia apontado que as tarifas em alta poderiam favorecer a economia brasileira. Na prática, o país ganharia maior espaço para exportar, enquanto China e EUA aplicavam taxas mutuamente.
Esse benefício, no entanto, não seria amplo. Pelo contrário, os ganhos estariam concentrados em um crescimento expressivo das exportações de soja brasileira para o mercado chinês, como resultado da queda na compra do grão originado nos Estados Unidos.
A vantagem no setor agropecuário seria tão significativa que, numericamente, compensaria eventuais prejuízos à indústria nacional provocados pelo aumento da presença de manufaturados chineses no mercado brasileiro. Muitos desses produtos, originalmente fabricados para os EUA, seriam redirecionados ao Brasil devido ao conflito tarifário.
Primeiras tratativas
Ainda é cedo para prever os efeitos do tarifário sobre o Brasil e o contexto mundial, bem como o desfecho das discussões em curso. Neste momento, China e Estados Unidos estão apenas iniciando um novo ciclo de negociações. Na sua avaliação, o resultado dessas tratativas é incerto, sobretudo porque a China está pronta para responder a qualquer iniciativa que afete negativamente sua economia.
Ainda conforme especialistas, Trump acreditava que a China recuaria com rapidez. No entanto, o governo chinês está preparado [para lidar com um conflito comercial]. Por isso, reagiu imediatamente às tarifas. Agora se inicia uma nova rodada de conversas. Isso pode levar algum tempo.
Durante o primeiro mandato de Trump, a China chegou a firmar um compromisso com os Estados Unidos para aumentar a compra de produtos agrícolas norte-americanos, com o intuito de equilibrar a balança comercial entre os países. No entanto, esse compromisso não avançou.
Caso a negociação atual leve a um acordo efetivo nesse sentido, o Brasil, enquanto importante exportador de soja, poderia ser prejudicado. Em contrapartida, o aumento da oferta interna de soja poderia contribuir para a queda nos preços dos alimentos no mercado brasileiro.
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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