por Leandro Sprenger
Petróleo assume topo das exportações no Brasil
O petróleo encerrou o ano de 2024 como o principal item da pauta de exportações do Brasil, superando a soja. As exportações de petróleo bruto ou minerais somaram US$ 44,8 bilhões, conforme dados divulgados recentemente pela Secretaria de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
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Confira os seguintes tópicos:
- Exportações de petróleo
- Histórico do pré-sal
- Formação geológica
- Principais avanços tecnológicos no setor
- Perspectivas e novas fronteiras petrolíferas
- Para quais países o Brasil exporta Petróleo
- Comércio Exterior o que é?
- O que é Logística Internacional?
Vamos lá entender mais? 😉
Exportações de petróleo
Ao longo de 2024, o petróleo bruto passou a representar 13,3% do total exportado pelo Brasil, enquanto a participação da soja caiu de 15,7% em 2023 para 12,7% em 2024. O grão gerou uma receita de US$ 42,9 bilhões no ano, comparado a US$ 53,2 bilhões no ano anterior.
O crescimento do petróleo como principal produto exportado foi impulsionado pela produção no pré-sal. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre janeiro e novembro de 2024 – últimos dados disponíveis –, o Brasil alcançou a produção média de 36,9 milhões de barris de petróleo por dia, dos quais 71,5% foram oriundos do pré-sal. Esse percentual subiu para 80,3% no segundo semestre do ano.
Histórico do pré-sal
Descoberto em 2006, o pré-sal transformou a matriz energética brasileira, permitindo que o país garantisse sua autossuficiência em petróleo. Além de sua elevada produtividade, os campos do pré-sal contêm petróleo leve, de excelente qualidade e com alto valor no mercado internacional.
A produção no pré-sal começou em 2008 no campo de Jubarte, localizado na Bacia de Campos, no litoral sudeste do país. Os reservatórios do pré-sal estão situados a profundidades entre 5 mil e 7 mil metros. Para contextualizar, 7 mil metros equivalem à altura aproximada do ponto mais elevado da Cordilheira dos Andes.
Atualmente, os campos de Tupi, Búzios e Mero, na Bacia de Santos, são responsáveis por 69% da produção no pré-sal, conforme a ANP. Tupi, o maior campo em operação no Brasil, produziu 1,1 milhão de barris por dia no terceiro trimestre de 2024.
A trajetória do pré-sal está intimamente ligada à história recente da Petrobras. Em novembro de 2024, a estatal foi responsável por 98% da produção na região, incluindo operações em consórcios. Cerca de 80% do total produzido pela Petrobras tem origem no pré-sal.
Entre os principais parceiros da Petrobras em consórcios estão empresas como Shell (anglo-holandesa), TotalEnergies (francesa) e CNDOC (chinesa).
Segundo a Petrobras, o pré-sal é estratégico na transição energética global e deve atingir seu pico de produção na década de 2030. Graças às tecnologias desenvolvidas pela estatal, o petróleo extraído do pré-sal emite 70% menos dióxido de carbono (CO²) em comparação à média mundial.
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Formação geológica
De acordo com a Petrobras, o pré-sal é composto por rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões de anos, durante a separação dos continentes sul-americano e africano. O processo resultou na formação de depressões que deram origem a grandes lagos, posteriormente conectados aos oceanos.
"Esses lagos acumularam uma quantidade significativa de matéria orgânica proveniente de algas microscópicas, que se misturou aos sedimentos, formando as rochas geradoras de óleo e gás do pré-sal", explica a companhia em seu portal.
Além disso, o clima árido da época causou intensa evaporação da água marinha, criando a camada de sal que protegeu o petróleo, impedindo que ele escapasse para a superfície.
Principais avanços tecnológicos no setor
Os desafios impostos pela distância dos reservatórios até a costa e pelas grandes profundidades exigiram que a Petrobras desenvolvesse soluções tecnológicas avançadas. Entre essas inovações está o processamento sísmico, que permite identificar com precisão a localização das rochas do pré-sal.
A tecnologia aplicada no campo de Búzios inclui a aquisição sísmica 4D, que utiliza ondas ultrassônicas para mapear o reservatório, fornecendo informações sobre sua altura, comprimento e profundidade.
Outro destaque são as tecnologias que reinjetam o CO² gerado no processo de extração de volta nos reservatórios, reduzindo a emissão de poluentes e a pegada de carbono da companhia.
Perspectivas e novas fronteiras petrolíferas
Com a previsão de que o pré-sal alcance seu pico produtivo na década de 2030, a Petrobras e outras empresas do setor voltam seus esforços para explorar novas fronteiras petrolíferas.
A margem equatorial, no litoral norte do Brasil, e a Bacia de Pelotas, no sul do país, são apontadas como áreas promissoras. O interesse na Bacia de Pelotas é reforçado por descobertas recentes no Uruguai e na costa africana, que possuem formações geológicas semelhantes devido à antiga união dos continentes.
Até 2029, a Petrobras planeja investir US$ 79 bilhões em novas áreas de exploração, com 40% destinados às margens sul e sudeste, 38% à margem equatorial e o restante em empreendimentos internacionais.
Para quais países o Brasil exporta Petróleo
Confira a Lista completa para quais países o Brasil exportou Petróleo em 2025:
País de destino | Valor FOB US$ | |
1º | China | 14,3 bilhões |
2º | Estados Unidos | 3,1 bilhões |
3º | Índia | 2,2 bilhões |
4º | Chile | 1,96 bilhão |
5º | Portugal | 1,63 bilhão |
6º | Coreia do Sul | 1,46 bilhão |
7º | Países Baixos | 1,21 bilhão |
8º | Espanha | 1,08 bilhão |
9º | Cingapura | 1,01 bilhão |
10º | Malásia | 795 milhões |
Dados retirados do ComexStat
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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Exportação é a saída de bens, produtos e serviços do país de origem. Esta operação pode envolver pagamento, como venda de produtos, ou não, como nas doações.
Logística internacional é o ramo da logística que tem como objetivo tratar do comércio internacional, ligando fabricantes aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores em diversos pontos do mundo.
O Portal Siscomex é uma facilidade que permite às partes envolvidas no comércio exterior e no transporte apresentar informações padronizadas e documentos em um único ponto de entrada para atender a todas as exigências regulatórias relativas à expo e impo.
Comércio Exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB.