por Leandro Sprenger

20 May, 2025

Exportadores buscam acordo para tarifas dos EUA, mas consideram produzir em outros países

Em abril de 2025, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, implementou um conjunto de tarifas sobre produtos importados, afetando significativamente o comércio exterior.

Essa medida, conhecida como "tarifaço", impôs uma taxa mínima de 10% sobre praticamente todas as importações, com alíquotas mais elevadas para países com os quais os EUA possuem déficits comerciais significativos. A China, por exemplo, enfrentou tarifas de até 54%, enquanto a União Europeia foi sujeita a 20%.

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Confira os seguintes tópicos:

  • Taxações dos EUA e as exportações
  • Impactos em setores da indústria    
  • Comércio Exterior o que é?
  • O que é Logística Internacional?

Vamos lá? 😉
Tarifas dos Estados Unidos

Taxações dos EUA e as exportações

No caso do Brasil, as exportações passaram a ser taxadas em 10%, a menor alíquota aplicada. Essa decisão foi influenciada pelo fato de que, desde 2008, os EUA mantêm um superávit comercial com o Brasil, exportando mais do que importam do país sul-americano.

As novas tarifas entraram em vigor na segunda-feira, 7 de abril de 2025, afetando uma ampla gama de produtos brasileiros exportados para os EUA, com exceção do petróleo e seus derivados.

Diante desse cenário, empresas exportadoras brasileiras estão avaliando estratégias para mitigar os impactos das tarifas. Algumas consideram a possibilidade de transferir parte de sua produção para outros países, buscando evitar as novas taxações e manter a competitividade no mercado americano .​

O governo brasileiro, por sua vez, optou por não adotar medidas retaliatórias imediatas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância de agir com cautela em meio às tensões comerciais globais, especialmente entre EUA e China. Haddad destacou que o Brasil pode se beneficiar das mudanças nas dinâmicas comerciais, potencialmente aumentando suas exportações para o mercado americano.

Analistas econômicos observam que, embora as tarifas representem um desafio para as exportações brasileiras, a alíquota de 10% é relativamente baixa em comparação com as impostas a outros países. Isso pode oferecer ao Brasil uma vantagem competitiva em determinados setores no mercado dos EUA.

Contudo, há preocupações sobre os efeitos indiretos das tarifas americanas. A imposição de tarifas elevadas a parceiros comerciais como China e União Europeia pode desencadear uma desaceleração na economia global, afetando a demanda por produtos brasileiros.

Impactos em setores da indústria

Setores específicos, como o siderúrgico, já sentem os impactos das novas tarifas. Em março de 2025, as exportações brasileiras de aço para os EUA registraram uma queda no faturamento de aproximadamente 8,5% em comparação com fevereiro, refletindo os efeitos das taxações.

Em resposta às medidas americanas, o Congresso brasileiro aprovou um projeto que permite retaliações legais contra ações comerciais unilaterais. No entanto, a liderança do país, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, manifestou preferência por manter o diálogo com os EUA, buscando soluções negociadas em vez de adotar retaliações imediatas.

A comunidade empresarial brasileira também está se mobilizando para enfrentar os desafios impostos pelas novas tarifas. Missões de empresários estão sendo organizadas para visitar os EUA, com o objetivo de estreitar laços e buscar soluções de interesse mútuo .​

Economistas alertam que a política comercial protecionista dos EUA pode ter efeitos prolongados na economia global, aumentando a volatilidade dos mercados e potencialmente contribuindo para uma recessão mundial.

O Brasil, portanto, enfrenta um cenário complexo, no qual precisa equilibrar a defesa de seus interesses comerciais com a manutenção de relações diplomáticas estáveis. A estratégia adotada pelo governo e pelo setor privado será crucial para determinar o impacto das tarifas americanas na economia brasileira nos próximos anos.​

As tarifas impostas pelos EUA em 2025 representam tanto desafios quanto oportunidades para o Brasil. A capacidade do país de adaptar-se a esse novo ambiente comercial e de explorar possíveis vantagens competitivas será determinante para o futuro de suas exportações e para a saúde de sua economia.

Comércio Exterior o que é?

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Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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