por Leandro Sprenger

08 Oct, 2025

MPMEs do Brasil ampliam presença no comércio com a China

O número de micro, pequenas e médias empresas brasileiras (MPMEs) envolvidas em transações comerciais com a China tem apresentado um avanço significativo nos últimos anos.

Atualmente, 314 microempresas realizam exportações para o gigante asiático, representando um crescimento de 277% entre 2008 e 2024. No caso das pequenas empresas, o salto foi de 85,2% no mesmo intervalo, somando 350 empreendimentos.

Quer saber mais a respeito deste assunto envolvendo o comércio entre China e Brasil? Então pegue o seu café e continue conosco no texto de hoje!

Confira os seguintes tópicos:

  • Comércio exterior ligando Brasil e China
  • Compreensão cultural é ponto de partida
  • Novos caminhos: oportunidades e obstáculos para as MPMEs
  • Produtos personalizados em alta
  • Valor agregado é diferencial competitivo
  • Desafios culturais e logísticos
  • Importações em destaque: oportunidade para as MPMEs
  • Brasil e China cada vez mais próximos para os pequenos negócios
  • O que é o Novo Processo de Importação (NPI)
  • O que é o Siscomex
  • Comércio Exterior o que é?
  • O que é Logística Internacional?

Bora lá? 😉

Comércio entre Brasil e China

Comércio exterior ligando Brasil e China

Essas informações fazem parte da publicação “Análise Socioeconômica do Comércio Brasil-China: emprego, renda, gênero e raça nas empresas que comercializam com a China”, elaborada pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Entre os anos de 2020 e 2024, o número total de empresas brasileiras que exportam para a China quadruplicou, atingindo cerca de 2,9 mil. No mesmo intervalo, o volume de empresas que importam do país asiático aumentou em onze vezes, superando 40 mil, mais da metade desse total é composta por MPMEs.

Embora o principal segmento de exportações brasileiras para a China ainda seja o de commodities, como soja, minério de ferro e petróleo, concentradas nas mãos das grandes corporações, abre-se uma oportunidade promissora para as MPMEs através do comércio eletrônico.

O ambiente digital tem facilitado a entrada de pequenos negócios nesse intercâmbio bilateral, especialmente para aqueles que apostam em produtos diferenciados ou de origem nacional.

Esse avanço das pequenas e médias no comércio internacional não só amplia a diversidade de produtos ofertados, como também contribui para a geração de empregos e renda no território brasileiro.

Novos caminhos: oportunidades e obstáculos para as MPMEs


Compreensão cultural é ponto de partida

Conhecer as particularidades culturais e econômicas de outros países é um passo essencial para quem deseja ingressar no mercado externo. A classe média chinesa atualmente ultrapassa em número a população dos Estados Unidos, representando um público numeroso, com hábitos urbanos, familiarizado com produtos estrangeiros e influências ocidentais.

Além do volume de consumo, há também uma estratégia geopolítica envolvida: a entrada no mercado chinês pode funcionar como alternativa às tarifas aplicadas pelos EUA.

Produtos personalizados em alta

Nesse cenário, surgem segmentos de mercado específicos que podem ser aproveitados por micro e pequenos empresários. Há uma tendência crescente por itens customizados e de alta qualidade, nicho no qual o Brasil pode se destacar como fornecedor.

A aposta em produtos com identidade brasileira também ganha força. Café e própolis são exemplos de mercadorias com potencial, sobretudo pelo apreço da medicina tradicional chinesa por produtos naturais e fitoterápicos. Setores como apicultura têm, portanto, grande margem para crescimento.

Valor agregado é diferencial competitivo

Para aumentar as chances de sucesso nas exportações, especialistas recomendam investir em valor agregado. Um exemplo é enviar o café já torrado e embalado, em vez de exportar o grão cru.

Também é importante que os empresários participem de ações de incentivo à exportação, como as promovidas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e pelo Itamaraty, que oferecem suporte técnico e estratégico.

Desafios culturais e logísticos

Apesar das oportunidades, o mercado chinês apresenta barreiras culturais. Para se destacar, é necessário entender os costumes locais, desde aspectos simbólicos, como a cor das embalagens – o branco, por exemplo, é relacionado ao luto, enquanto o vermelho tem forte conexão cultural, até questões de comunicação e relacionamento comercial.

Além disso, há obstáculos estruturais que ainda dificultam o comércio exterior brasileiro, como o tempo de transporte das mercadorias. No entanto, há esforços para superar esses entraves, como a inauguração do Porto de Chancay, no Peru, que encurta o trajeto entre a América do Sul e a Ásia. Ainda assim, o empreendedor deve considerar os custos envolvidos em logística e infraestrutura.

Importações em destaque: oportunidade para as MPMEs

Mais de 20 mil micro e pequenas empresas brasileiras já realizam importações da China, o que representa cerca de metade das empresas nacionais envolvidas nesse tipo de operação.

Esse crescimento pode ser atribuído à própria transformação do cenário chinês. No passado, era comum que empresários brasileiros viajassem à China para participar de feiras de exportação. Hoje, há eventos voltados exclusivamente para quem deseja comprar produtos chineses, oferecendo uma enorme variedade de itens.

Segundo especialistas, essa mudança reflete uma busca por produtos de boa qualidade a preços acessíveis, o que é particularmente vantajoso para as MPMEs, já que permite reduzir o custo final de seus produtos no Brasil e tornar suas ofertas mais competitivas.

Brasil e China cada vez mais próximos para os pequenos negócios

O crescimento da participação das MPMEs brasileiras no comércio com a China demonstra uma transformação importante no perfil do comércio exterior. Com planejamento, conhecimento cultural e apoio institucional, pequenos negócios podem aproveitar esse movimento para ampliar mercados, agregar valor e impulsionar a economia local.

O que é o Novo Processo de Importação (NPI)

O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos eletrônicos tais como: a DUIMP, o Catálogo de Produtos, LPCO e outros.

👉 Mas não ficando só nisso, e passando também por mapeamento, reestruturação de normas, processos e legislações.

O que é o Siscomex?

SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.

O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.

Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.

Comércio Exterior o que é?

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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O Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior.

Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço, do exterior para o país de referência.

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles, engloba uma série de procedimentos.

A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos.

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