Exportações de Madeira em Bruto: Entenda

Atualizado em: por Leandro Sprenger.

Sabe o que é a madeira em bruto? Como o próprio nome já diz, é aquela madeira que é vendida de maneira bruta, sem passar por um acabamento mais “refinado”, digamos assim. Ela pode conter algumas imperfeições (como farpas visíveis e rebarbas) e sua superfície é um tanto áspera.

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A madeira bruta, por ser ligeiramente mais barata, é muito utilizada em partes da construção, onde não há necessidade de estarem visíveis, servindo principalmente como estrutura em telhados, coberturas e alicerces, podendo ser encontrada facilmente na forma de caibros, tábuas, ripas e sarrafos. Agora, veremos como foram os dados de exportação do produto nos últimos anos. 

Vem comigo saber mais sobre o comércio de madeira! 😉

Madeira em Bruto

Exportação de Madeira em Bruto

As exportações de madeira foram bastante defendidas pelo presidente do Brasil, principalmente no início do ano de 2019, e isso acabou impulsionando as exportações do produto. Dados consolidados até julho/2021 mostram que as exportações da madeira em bruto mais que dobraram em relação a 2019. Para se ter uma ideia do franco crescimento dessas vendas, as exportações até julho/2021 (US$ 129,5 milhões) já superaram todo o ano de 2020 (US$ 115,8 milhões). A madeira em bruto está na 106º colocação no ranking de exportações brasileiras e 7º quando falamos de ranking nas Exportações do setor Agropecuário 2021 (janeiro a julho).

Principais destinos de exportação de Madeira em bruto

A seguir, confira quais foram os principais destinos da madeira em bruto no ano de 2021 (até julho):

 Principais destinosValor FOB (US$)
China83,7 milhões
Índia23,3 milhões
Portugal14,5 milhões
Vietnã5,7 milhões
Estados Unidos869 mil

Fonte: ComexStat

A China e a Índia aparecem como os principais destinos de exportação do produto nos anos de 2019 e 2020, seguidos de PortugalVietnã e Estados Unidos. E o grande estado do Rio Grande do Sul é o principal exportador brasileiro da madeira em bruto (57%).

Condições para a exportação de Madeira em Bruto

Existem algumas regras na hora de exportar a madeira, principalmente se ela estiver em bruto, ou seja, sem ter sido beneficiada no Brasil (que é quando a madeira passa por processos, antes de poder ser vendida). As regras ambientais deixam claro que o único tipo de madeira que o Brasil pode exportar em sua forma natural (logo após o seu corte) são as chamadas "madeiras exóticas", como o eucalipto e o pinus. Para exportar este tipo de madeira é apenas necessário uma autorização estadual. Contudo, os troncos das árvores nativas, aquelas espécies naturais da floresta, são estritamente proibidos de serem exportados.

A legislação ambiental exige que essa madeira, depois de ser legalmente cortada, deve ser beneficiada no Brasil. Após isso, pode então ser vendida a outros países como um produto. 

O Governo Federal estuda permitir a exportação de madeira in natura, mas isso ainda está na faze de estudos de impacto.

Recomendamos também a leitura da Portaria SDA/MAPA nº 385, de 25 de agosto de 2021, a qual determina os critérios e procedimentos para a realização de tratamentos fitossanitários com fins quarentenário.

2021: Exportações e Importações Brasileiras 

No ano de 2021, até o mês de Novembro, o Brasil totalizou um valor corrente de negociações no comércio exterior de US$ Milhões 454.996,8. 

Sendo US$ Milhões 256.028,3 de exportações, e US$ Milhões 198.968,5. Gerando um superávit de US$ Milhões 57.059,8.

O produto mais importado no ano de 2021 foi o “Adubos ou Fertilizantes Químicos”.

Quanto ao produto mais exportado no ano foi  “Minério de Ferro e seus concentrados” conforme dados do ComexStat.

E aí, gostou deste artigo sobre a exportação de madeira e como funciona a exportação da madeira em bruto? Então se inscreva no nosso blog e fique por dentro de mais notícias sobre exportação, importação e drawback. 😉

Leandro Sprenger
Leandro Sprenger

Empreendedor, Apaixonado por Tecnologia, Especialista em TI para Comércio Exterior e responsável pela criação de diversos sistemas de BI para Comex por mais de 15 anos. Co-criador da Plataforma de Ensino SimulaComex e do Sistema FComex.

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