O Catálogo de Produtos é um repositório obrigatório, mantido pelo importador, que reúne dados cadastrais de todas as mercadorias importadas, incluindo descrição, NCM, fabricante/exportador estrangeiro, atributos específicos, país de origem, entre outros.
Quando uma operação é declarada via DUIMP, a informação dos itens não é digitada manualmente a cada importação: utiliza-se o cadastro prévio do Catálogo, garantindo consistência, padronização e agilidade. 

Em teoria, esse modelo reduz retrabalho, erros de classificação e divergências entre importações distintas, elementos críticos para operações eficientes de comércio exterior.

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Confira os seguintes tópicos:

• A expectativa: automação, padronização e previsibilidade   
• Por que, mesmo com o Catálogo, problemas persistem?
• A conexão com Demurrage: por que o cadastro inadequado pesa
• Panorama do risco no contexto atual do comércio exterior
• O erro estratégico mais comum: tratar Catálogo e DUIMP como fim, não como parte de um processo
• A proposta de valor: governança, visibilidade e integração entre áreas
• Como o tracking e a visibilidade ajudam a prevenir Demurrage
• Benefícios concretos para empresas que adotam disciplina e tecnologia
• O que é a DUIMP?
• O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?
• O que é o Siscomex?
• Comércio Exterior o que é?
• O que é Logística Internacional?

Bora lá? 😉


A expectativa: automação, padronização e previsibilidade

Para gestores e diretores, a grande vantagem do Catálogo é permitir previsibilidade e governança sobre o portfólio de produtos importados. A padronização dos dados evita ambiguidades nas DUIMP e na documentação associada, facilitando o compliance fiscal e aduaneiro.

Além disso, ter um banco de dados confiável contribui para eficiência interna: menos tempo gasto com preenchimento de dados, menos erros, menos retrabalho. Isso deveria se traduzir em operações mais seguras, ágeis e de menor custo.

Por que, mesmo com o Catálogo, problemas persistem?

Apesar de suas vantagens, o Catálogo de Produtos nem sempre é suficiente para garantir a adequação operacional. Motivos estruturais e de processo atuam como gargalos, e as falhas são, muitas vezes, sistemáticas:

• O cadastro pode estar incompleto ou desatualizado (por exemplo, dados de atributos não preenchidos, fabricantes com dados insuficientes, descrição genérica, etc.). Isso compromete a precisão das DUIMP.

• A operação de importação pode depender de várias áreas: comercial, logística, compliance, transporte e se os dados do Catálogo não forem conhecidos ou validados por todas, há risco de desalinhamento.

• Pressa, volume elevado de SKUs, variedade de fornecedores e importações esporádicas tendem a desafiar a governança de dados, tornando o Catálogo uma “lista viva” cuja manutenção exige disciplina e processo interno robusto.

Assim, o risco de usar dados incorretos, incompletos ou obsoletos persiste e isso pode reverberar para além da DUIMP.

A conexão com Demurrage: por que o cadastro inadequado pesa

Embora o Catálogo de Produtos e a DUIMP digam respeito à declaração aduaneira, os problemas relacionados a logística, prazos e manuseio físico da carga podem ser afetados indiretamente, sobretudo quando há desorganização ou falhas de visibilidade.

O conceito de Demurrage descreve taxas cobradas quando um contêiner permanece tempo excessivo no terminal portuário além do “free time” acordado, seja por atraso no desembaraço, retirada tardia ou logística de transporte falha. 

Entre as causas comuns estão: demora na liberação alfandegária, problemas com documentação, má coordenação entre agentes logísticos, agendamento inadequado de transporte terrestre, congestionamento no porto, entre outros.

Se os dados do Catálogo estiverem imprecisos, por exemplo, descrição errada, NCM equivocada, dados do exportador incompletos, a operação aduaneira pode sofrer atrasos ou exigências adicionais. Isso aumenta a chance de a carga ficar retida além do prazo livre.

Igualmente, falhas de governança sobre o Catálogo podem refletir uma cultura interna de falta de integração entre comércio exterior, logística e compliance, o que, por sua vez, se traduz em processos de retirada e transporte desalinhados, elevando o risco de Demurrage.

Panorama do risco no contexto atual do comércio exterior

O problema do Demurrage não é incomum. Com a pandemia e o aumento de variáveis disruptivas, como atrasos em portos, escassez de equipamentos de transporte, falta de mão de obra, aumento de cargas, as taxas de Demurrage dispararam em diversos mercados.

Portanto, o risco é real e cresce se a empresa não adota controles rigorosos, visibilidade de ponta a ponta e governança de dados alinhada com execução logística.

Para diretores e gestores, isso representa não apenas um custo adicional, mas um custo evitável, derivado de falhas operacionais internas.

O erro estratégico mais comum: tratar Catálogo e DUIMP como fim, não como parte de um processo

Muitas empresas encaram o Catálogo de Produtos e a DUIMP como “checklist de compliance”: algo para fazer uma vez, declarar a importação e seguir.

Mas essa visão é limitada. Na prática, o Catálogo deve ser o ponto de partida de um processo integrado de importação — que vá da classificação fiscal, documentação, até o planejamento logístico e transporte.

Quando o Catálogo é mantido de forma episódica, sem governança contínua, as falhas se propagam para operações posteriores. Isso deixa toda a cadeia vulnerável a atrasos e custos extras como Demurrage.

A proposta de valor: governança, visibilidade e integração entre áreas

Para mitigar o risco, é fundamental tratar o Catálogo de Produtos como ativo estratégico:

• Implementar processos internos claros para cadastro e atualização de produtos e exportadores estrangeiros — com controle de versões, responsáveis, e periodicidade.

• Integrar as áreas de comércio exterior, logística, transporte e compliance para garantir que dados utilizados na DUIMP correspondam exatamente à realidade operacional.

• Adotar sistemas de gestão que permitam visibilidade sobre todas as etapas da importação: desde a DUIMP até a entrega final, com rastreamento real da carga e alertas de prazos críticos.

Assim, o Catálogo deixa de ser apenas um requisito formal e passa a ser um instrumento de controle, previsibilidade e redução de riscos.

Como o tracking e a visibilidade ajudam a prevenir Demurrage

No contexto global do transporte de contêineres, uma causa frequente de Demurrage é a falta de visibilidade, ou visibilidade deficiente, sobre o status da carga: se já foi liberada, se está disponível para retirada, se há pendências no desembaraço, se o transporte terrestre já foi agendado.

Sistemas modernos de tracking e gestão logística, capazes de notificar automaticamente chegadas de navio, descarga, disponibilização do contêiner, prazos de free time, entre outros marcos, permitem que o time se prepare com antecedência, evitando “corridas de última hora” ou esquecimentos.

Esse tipo de solução, quando integrada ao DUIMP + Catálogo + gestão interna, transforma previsibilidade em economia real. No comércio exterior, tempo é capital.

Benefícios concretos para empresas que adotam disciplina e tecnologia

Empresas que estruturam bem o Catálogo, mantêm governança e implementam tracking costumam observar:

• Redução ou eliminação de cobranças de Demurrage e Detention;

• Melhor utilização de capital de giro, sem dinheiro parado em multas e armazenagens;

• Processos mais ágeis e confiáveis, com menor risco de penalidades ou atrasos em embarques futuros;

• Maior confiabilidade junto a parceiros comerciais, agentes, transportadoras e autoridades aduaneiras;

• Visibilidade ampla da cadeia de importação, possibilitando planejamento logístico eficiente e com antecedência.

Esse conjunto de vantagens transforma o Catálogo numa peça estratégica, não burocrática, da operação de importação.

O Catálogo de Produtos e a DUIMP não são um fim em si, são o alicerce sobre o qual se constrói uma operação moderna, integrada e eficiente.

Tratar o Catálogo como mera formalidade, sem manutenção, sem integração com logística e sem visibilidade real da cadeia, expõe a empresa a custos evitáveis, como Demurrage e a riscos operacionais e financeiros.

Recomenda-se adotar uma abordagem proativa: governança de dados + integração de áreas + tecnologia de rastreamento e alertas. Esse movimento não apenas neutraliza custos extras, mas transforma imprevisibilidade em vantagem competitiva.

O que é a DUIMP?

A DUIMP é a Declaração Única de Importação a qual faz parte do Novo Processo de Importação (NPI) que está em implantação no Portal Único de Comércio Exterior.

Ela é ainda, o documento eletrônico que reúne todas as informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária e fiscal pertinentes ao controle das importações pelos órgãos competentes da Administração Pública brasileira na execução de suas atribuições legais.

Portanto, a Duimp substituirá as atuais Declaração Simplificada de Importação (DSI) e Declaração de Importação (DI).

Nela, o registro da mercadoria será feito antes mesmo de sua entrada no país e paralelamente à obtenção das licenças para operações de importação. Além de tornar todo o processo mais simples, a Duimp será integrada à sistemas públicos e privados.

O que é o Novo Processo de Importação (NPI)?

O Novo Processo de Importação (NPI) é um projeto coordenado pelo Governo Federal que tem como propósito modernizar, digitalizar e integrar as etapas relacionadas à entrada de produtos no Brasil.

Entre os principais elementos que compõem o NPI estão:

• Declaração Única de Importação (Duimp)

• Catálogo de Produtos e Atributos

• Integração entre os órgãos responsáveis pela anuência das operações

O grande objetivo é reduzir entraves burocráticos, aumentar a clareza dos processos, reforçar a segurança nas transações e tornar o comércio exterior mais ágil e competitivo.

O que é o Siscomex?

O SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.

O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.

Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.

Comércio Exterior o que é?

Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.

O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.

Estas regras são de âmbito nacional, criadas para disciplinar  e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.

O que é Logística Internacional?

A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

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