por Leandro Sprenger
Erros na DUIMP por Catálogo mal preenchido: como evitá-los e garantir processos fluídos
A transição da DI para a DUIMP trouxe uma série de avanços operacionais para o comércio exterior brasileiro, mas também elevou o nível de responsabilidade do importador e do despachante aduaneiro. Entre as mudanças mais impactantes está a obrigatoriedade de utilização do Catálogo de Produtos do Portal Único Siscomex, uma base estruturada que concentra informações detalhadas de cada item importado.
Quando esse catálogo é mal preenchido, os reflexos aparecem diretamente na DUIMP, geralmente em forma de exigências, travamentos, retrabalhos e atrasos na liberação.
Neste artigo, discutiremos os principais erros cometidos no preenchimento do Catálogo de Produtos, como eles afetam a DUIMP e como evitá-los com apoio de tecnologia especializada.
Vamos saber mais sobre? 😉 
Por que o Catálogo de Produtos é tão importante na DUIMP?
A lógica por trás da DUIMP é trazer previsibilidade, clareza e automação para o fluxo de importação. Para isso, a Receita Federal passou a exigir informações extremamente detalhadas e padronizadas no Catálogo, como:
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Atributos técnicos do produto
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Classificação fiscal previamente definida
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Vinculação de documentos, imagens e especificações
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Dados completos sobre operadores estrangeiros
Essa estrutura visa aprimorar a gestão de riscos e reduzir erros históricos de classificação, descrição insuficiente e divergências documentais. Porém, a qualidade da DUIMP depende integralmente da qualidade das informações enviadas ao Catálogo.
Os erros mais frequentes no Catálogo de Produtos
Muitos dos problemas enfrentados na DUIMP têm origem em inconsistências no Catálogo. Abaixo estão os erros mais comuns observados na rotina de importadores e despachantes:
1. Atributos preenchidos de forma genérica
A Receita exige informações específicas para cada NCM, mas muitos usuários ainda preenchem os atributos com descrições vagas, incompletas ou repetidas. Isso leva o sistema a gerar pendências e, em alguns casos, retenção para conferência física.
2. Classificação incorreta ou desatualizada
Com o Catálogo, a classificação fiscal precisa ser feita antes do registro da DUIMP. Uma classificação equivocada afeta não só o tratamento administrativo, mas também tributos, ex-tarifários e licenças.
3. Falta de documentos comprobatórios
Produtos que exigem fichas técnicas, catálogos, fotos ou certificados frequentemente são transmitidos sem documentação mínima, o que aciona exigência ou análise mais profunda.
4. Dados inconsistentes entre produtos e operadores estrangeiros
Erros como divergência de fabricante, país de origem ou TIN incorreto geram incompatibilidades que bloqueiam o envio da DUIMP.
5. Informações cadastradas de forma manual e sem padronização
Muitas equipes ainda utilizam planilhas internas sem validação ou conferência, o que gera duplicidades, campos vazios e divergências estruturais.
Como esses erros afetam a DUIMP na prática?
Os impactos de um Catálogo de Produtos mal elaborado podem ser bastante significativos. Entre os principais reflexos:
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Exigências no momento do registro
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Necessidade de retificar produtos já transmitidos
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Atrasos na liberação da carga
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Elevação nos níveis de canalização
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Multas e custos adicionais quando há classificação incorreta
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Impossibilidade de registrar a DUIMP até que tudo esteja regularizado
Assim, o catálogo deixa de ser apenas uma etapa preparatória e passa a ser um dos pilares de um processo de importação eficiente.
O desafio operacional para despachantes e importadores
A rotina aduaneira já é complexa por natureza, e centralizar toda a gestão de produtos e operadores dentro do Portal Único pode ser uma tarefa demorada, repetitiva e propensa a erros. Além disso, nem sempre o sistema do governo possui mecanismos de crítica e validação que alertem antecipadamente sobre inconsistências.
O resultado é um cenário onde a revisão acontece tarde demais: já na tentativa de registro da DUIMP.
Como evitar erros no Catálogo e garantir DUIMPs mais limpas
Para reduzir riscos e evitar retrabalhos, alguns pontos são indispensáveis:
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Criar uma base de produtos consistente e centralizada
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Realizar validações prévias antes da transmissão
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Padronizar descrições e listas de atributos
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Sincronizar dados entre catálogo, fornecedores e documentos técnicos
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Automatizar importação de dados provenientes de arquivos internos
E é exatamente nesse ponto que soluções especializadas fazem a diferença.
A tecnologia como aliada: automatização e validação inteligente
Uma das principais formas de evitar erros no Catálogo de Produtos é utilizar uma ferramenta capaz de organizar, criticar e padronizar todas as informações antes de enviá-las ao Portal Único.
Sistemas bem projetados conseguem:
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Identificar inconsistências automaticamente
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Evitar retrabalho ao permitir edições em massa
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Importar dados de outros arquivos sem digitação manual
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Garantir conformidade com as regras da Receita Federal
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Facilitar auditorias internas
Isso não apenas melhora a acurácia das informações, como também reduz drasticamente o tempo de preparação da DUIMP.
FComex – Módulo Catálogo de Produtos
O FComex – Módulo Catálogo de Produtos da Fazcomex foi desenvolvido justamente para resolver esses desafios. Totalmente web e acessível de qualquer lugar, ele permite que despachantes e importadores:
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Cadastrem produtos e operadores estrangeiros offline
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Importem dados em lote (csv, txt, qualquer formato)
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Realizem críticas dos dados antes da transmissão ao Portal Único
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Sincronizem produtos e operadores com o Siscomex
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Identifiquem alertas de erros com antecedência
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Gerem relatórios customizados para auditoria e gestão
A ferramenta organiza atributos, NCM, NALADI, UNSPSC, GPC e demais informações exigidas pela Receita, além de permitir anexação e revisão com muito mais facilidade. Isso reduz falhas humanas e garante que a DUIMP seja registrada com maior fluidez e segurança.
Um Catálogo bem estruturado é a base de uma DUIMP sem surpresas
Erros no Catálogo de Produtos comprometem diretamente o registro da DUIMP e podem gerar atrasos, exigências e problemas que impactam toda a cadeia logística. Por isso, investir em uma gestão sólida e apoiada por tecnologia se tornou um fator competitivo, especialmente para despachantes e importadores que lidam com grande volume de produtos e fornecedores internacionais.
Se você busca reduzir riscos, padronizar informações e elevar a qualidade dos seus cadastros no Portal Único, o FComex – Módulo Catálogo de Produtos é uma das soluções mais completas e eficazes do mercado.
O que é o Novo Processo de Importação (NPI)
O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras.
O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos eletrônicos tais como: a DUIMP, o Catálogo de Produtos, LPCO e outros.
👉 Mas não ficando só nisso, e passando também por mapeamento, reestruturação de normas, processos e legislações.
O que é o Siscomex?
O SISCOMEX é a sigla de Sistema Integrado de Comércio Exterior - é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro.
O Sistema entrou em operação em 1993 com o módulo de Exportação e, em 1997, para as importações. Em 2014 foi lançado o Portal Único de Comércio Exterior.
Sem dúvida o Brasil inovou ao criar um fluxo único de informações na década de 90. Entretanto uma nova revisão se faz necessária atualmente. Dessa forma, desde 2014 iniciou-se o projeto do Portal Único de Comércio Exterior.
Comércio Exterior o que é?
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles engloba uma série de procedimentos necessários para a sua execução.
O Comércio Exterior, aplicado carinhosamente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais das transações.
Estas regras do comércio exterior são de âmbito nacional, criadas para disciplinar e orientar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior, no caso quando existe uma importação e a saída de mercadorias do território nacional, quando é uma exportação.
O que é Logística Internacional?
Agora que já falamos de maneira mais aprofundada sobre o que é Comércio Exterior, vamos entender mais sobre o que é a logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.
A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.
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O Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior.
Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço, do exterior para o país de referência.
A DUIMP é a Declaração Única de Importação a qual faz parte do Novo Processo de Importação (NPI) que está em implantação no Portal Único de Comércio Exterior.
O Novo Processo de Importação, ou simplesmente NPI é o Projeto do Governo de reestruturação, simplificação e desburocratização das Importações Brasileiras. O Portal Siscomex é um dos instrumentos do NPI, no qual temos uma reestruturação de documentos.
Comércio exterior é a troca de produtos ou serviços entre um país e outro. Quando falando de Compra de produtos, é a Importação e quando falamos em vendas de produtos, é a exportação, cada um deles, engloba uma série de procedimentos.



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