Entenda mais sobre a Guerra Cambial entre China e EUA

Atualizado em: por Leandro Sprenger.

No artigo de hoje vamos falar sobre o câmbio entre China e EUA. A Guerra Cambial é uma disputa por mercados entre Estados Unidos e China. Os Estados unidos são uma superpotência econômica, e há muito tempo se veem ameaçados com o crescimento econômico da China. As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas.

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O crescimento de um país pode ser visto tanto como oportunidade quanto ameaça. O jornal O Globo trás noticias apuradas de todo o andamento dos fatos.

Guerra Cambial entre China e EUA

Atualmente, empresas chinesas têm dominado o mercado mundial com a exportação de matérias-primas (commodities), como soja e ferro, e de bens de consumo, como roupas e eletrônicos. Assim, começam também a rivalizar e ameaçar transnacionais ocidentais.

Só para os EUA, em 2018, a China exportou cerca de US$ 500 bilhões em produtos enquanto os EUA exportou para a China apenas US$ 120 bilhões, o que configura num déficit comercial recorde de cerca de US$ 419 bilhões para os EUA.

O déficit comercial é a diferença do volume exportado entre os dois países. Desde 2017, o déficit dos EUA em relação a China cresceu consideravelmente. Inicia-se então a chamada Guerra Comercial.

O que você verá hoje sobre a guerra cambial China X EUA?

  1. Como tem um possível inicio da guerra cambial entre EUA e China;
  2. Guerra Cambial;
  3. Consequências para o mundo; e
  4. Possível acordo entre as EUA e China.

Como tem início a Guerra Cambial entre EUA e China

Tudo começou ainda na campanha eleitoral de Donald Trump quando os ataques aos produtos chineses iniciou. Donald responsabilizava a Ásia pela perda de empregos na América e prometeu incluir uma tarifa de até 45% sobre os produtos Chineses. Após vencer as eleições ele endureceu ainda mais seus discursos, aumentou já no inicio as tarifas sobre produtos. Em abril o presidente Chinês aumentou seus impostos em cerca de U$ 3 bilhões de produtos norte-americanos marcando assim o início de uma guerra cambial.

Guerra Cambial

Essa disputa teve início em janeiro de 2018, quando Trump anunciou sobretaxas sobre de máquinas de lavar e painéis solares, que afetaram a China. Desde então, as barreiras tarifárias se seguiram:

  • Em março do mesmo ano, Trump anunciou sobretaxas de 25 e 10%, sobre as importações de aço e alumínio;
  • Em abril a China retaliou, com 25% de sobretaxas em 128 produtos estadunidenses;
  • No dia seguinte, Trump anunciou 25% de sobretaxas em US$ 50 bilhões em produtos chineses e a China retaliou em US$ 50 bilhões de dólares em produtos americanos. 
  • Novas tarifas de ambos os lados se deram pelo restante de 2018, e assim se seguiu;
  • Em junho de 2019, após uma reunião entre os presidente da China e dos Estados Unidos,  durante reunião do G-20, uma trégua foi firmada;
  • Essa trégua durou pouco, e no mês seguinte, sob a alegação de que a China não cumpriu o acordo que fizeram no G-20, Trump anunciou novas tarifas, de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses;
  • Em 5 de agosto a China anuncia a suspensão de produtos agrícolas dos Estados Unidos e desvaloriza sua moeda, que fez com que os Estados Unidos classificassem o país como manipulador cambial;

Para conseguir reverter esse déficit, o presidente Donald Trump começou a cobrar taxas de alguns produtos vindos da China. A ideia central do presidente é deixar os produtos chineses mais caros fazendo com que a população opte por comprar produtos nacionais. Mas claro que a china não iria ficar para trás e acabou por também aumentar taxas e até mesmo barrar a importação de alguns produtos americanos. 

Nos últimos dias a nova estratégia da china foi desvalorizar a sua então moeda (yuan). O objetivo da desvalorização é baratear os produtos chineses e estimular a exportação. EUA acusa china de estar fazendo manipulação cambial.

Consequências da Guerra Cambial para o mundo

Com a Guerra Comercial se tornando uma Guerra Cambial, todo o mercado mundial pode ser afetado. Pode haver a desvalorização da bolsa de valores assim como no Brasil e aumentar o déficit comercial, afetando as empresas nacionais e gerando desemprego. Mas é claro que as consequências não são apenas negativas. Para o Brasil a disputa pode ser a oportunidade de exportar commodities para a China e itens industrializados para os EUA, substituindo assim aqueles produtos que acabaram ficando caros.

Possível acordo entre China e EUA

Um possível acordo entre as duas economias vem sendo questionado. Embora Trump tenha sinalizado esperança em seu discurso na ONU de que Estados Unidos e China ainda possam chegar a um acordo, ele deixou claro que quer um acordo que reequilibre o relacionamento entre as duas superpotências econômicas. O ministro das Relações Exteriores da China e conselheiro de Estado Wang Yi disse que a guerra comercial está causando danos desnecessários aos dois países, aumentando os custos para as empresas norte-americanas, elevando os preços ao consumidor e diminuindo o potencial de crescimento dos Estados Unidos.

Leia sobre o fechamento do consulado americano na China!

Os dados de 2021 no Comércio Exterior

No ano de 2021, até o mês de Novembro, o Brasil totalizou um valor corrente de negociações no comércio exterior de US$ Milhões 454.996,8. 

Sendo US$ Milhões 256.028,3 de exportações, e US$ Milhões 198.968,5. Gerando um superávit de US$ Milhões 57.059,8.

O produto mais importado no ano de 2021 foi o “Adubos ou Fertilizantes Químicos”.

Quanto ao produto mais exportado no ano foi  “Minério de Ferro e seus concentrados” conforme dados do ComexStat.

E aí, gostou deste artigo sobre o câmbio China e EUA, a guerra cambial entre EUA e China e os dados da guerra cambial entre China e Estados Unidos? Então se inscreva no nosso blog e fique por dentro de mais notícias sobre exportação, importação e drawback. 😉

O que é comércio exterior?

O comércio exterior é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande porcentagem do PIB.

Leandro Sprenger
Leandro Sprenger

Empreendedor, Apaixonado por Tecnologia, Especialista em TI para Comércio Exterior e responsável pela criação de diversos sistemas de BI para Comex por mais de 15 anos. Co-criador da Plataforma de Ensino SimulaComex e do Sistema FComex.

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